O júri formado por Antonio Lima Junior, Messias Adriano e Mylena Gadelha
🏆️ CABOCOLINO, de João Marcelo Alves
A amálgama entre o fantástico e o popular dá destaque ao curta que apresenta as tradições e as ancestralidades dos povos indígenas como traços que regem o sertão e raízes que formam um Nordeste. A qualidade artística está presente na capacidade de elaboração de uma síntese breve, porém marcante e intimista, que utiliza com carinho o som como forma de ligação entre natureza e fé, conexão entre passado, presente e futuro. O propósito carregado por João de Cordeira (ou João de Marina), relembra os dizeres agroecológicos de Padre Cícero sobre o ato de "plantar em homenagem aos mortos". Nesta jornada documental e onírica de sincretismos de crenças, o encerramento aos pés da estátua-símbolo de Juazeiro deixa a esperança que as gerações futuras façam o mesmo tributo ao protagonista e às tradições culturais. Se o farão ou não, o futuro dirá. A homenagem do presente, no entanto, veio através do Cinema.
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