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  • Daniel Herculano

Trolls (2016), de Walt Dohrn e Mike Mitchell


Baseado nos bonequinhos de mesmo nome e de longos cabelos coloridos, a animação "Trolls", de Mike Mitchell e Walt Dohrn, é uma aventura cômica movida a música. Muita música.

Na trama, a Princesa Poppy é a líder dos Trolls, criaturas conhecidas por serem insanamente felizes. Após uma festa que celebrava os 20 anos da fuga de um massacre eminente, um dos Berguens, gigantes que acreditam na felicidade através de devorarem os Trolls, sequestra os amigos de Poppy. Agora a princesa tem de unir forças com o irritadiço Tronco para conseguir salvar os Trolls dos Berguens.

A alegria transbordante – e até demais – dos Trolls chega a aborrecer, incluindo a hora do abraço. Eles chegam ao cúmulo de cantar para tudo, até para dormir. Daí surge uma piada incrível, com o uso da canção clássica “The sound of silence”. Além disso, passagens bizarras rendem muitas risadas, como o pum de glitter, a nuvem que insiste no ‘toca aqui’ com as mãos, os planos reproduzidos em colagens, as ‘trolladas’, entre outras.

O estranho é que no decorrer da trama, a versão dublada (exibida para a avaliação) traz tanto músicas traduzidas e/ou adaptadas, quanto versões originais de canções de sucesso. Na trilha, uma coleção de sucessos, como Bad Reputation, Stayin´ Alive, YMCA, Paranoid, Firework, Party Rock Anthem, My Generation, Walk This Way, Back In Black, além da original (e dançante) Can´t Stop the Feeling, de Justin Timberlake.

Nas vozes originais, Anna Kendrick (Poppy), Timberlake (Tronco) – e também produtor musical da produção -, Zooey Deschannel (Bridget), Christine Baranski (Chef Burgen), Christopher Mintz-Plasse (Príncipe Burgen), Gwen Stefani (DJ Suki), Russell Brand (Creek), Quvenzhané Wallis (Harper), Jeffrey Tambor (Rei Peppy) e John Cleese (Rei Burgen).

Mesmo com velhas questões são utilizadas no roteiro, o resultado – de visual delirante – é positivo. Temos os opostos que se chocam, para depois de completarem. Uma lição de vida, ao mostrar o erro por trás da busca pela felicidade que vai de encontro ao extermínio dos coloridos Trolls, daí chegamos à moral da história, de como encontrar a felicidade através dos sentimentos. Trolls é previsível para os adultos, mas ainda assim bem engraçado. Contudo, para o seu público alvo, as crianças, a viagem será ainda mais divertida e colorida.

Publicado pelo autor no site Clube Cinema.

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